Sociedade Transformar

14 de fevereiro de 2023

O cuidado materializado num cracha azul

Em fevereiro de 2015 me desliguei da empresa onde trabalhei por 30 anos. Foi um processo idealizado e estruturado, com suporte de coaches que me apoiaram nesta transição de vida. Foram 3 décadas de muitos desafios e aprendizados, mas percebia que se aproximava o momento de fazer uma metamorfose profissional.

E o “dia D”, como eu chamava o dia de assinar o desligamento, finalmente chegou. Na sala do sindicato, a assinatura daquele documento foi apenas um ato burocrático. Diferente da hora que entreguei meu crachá de Consultora e recebi o “crachá azul”, um símbolo daqueles que atingiam este patamar de aposentado pela Companhia.

Passar pela crataca, sair pela porta principal, portando o crachá azul trouxe um conjunto de sentimentos conflitantes. Felicidade e liberdade se mesclavam ao  gostinho de “era bom, mas acabou”.

Por um tempo o crachá azul permaneceu na bolsa, assim como seu antecessor por décadas. Mas ele deu espaço ao passaporte, cada vez mais usado.

Voltando ao cracha azul, este simbolismo existia desde a fundação da companhia. Minha madrinha, que também ali trabalhou por 25 anos, guardou o seu “crachá azul” como um tesouro. Era tão precioso que na sua morte minhas primas me confiaram a sua guarda.

Com uma gestão mais focada em resultados de curto prazo, sobretudo financeiros, este simbolismo foi extinto. Colegas que se desligaram depois de mim não receberam este reconhecimento. Apenas entregaram o cracha verde, que representava a vida na ativa. E pronto!

Para mim este crachá azul materializava o cuidado da empresa com aqueles que vestiram a camisa. Ser gestor é muito mais que atingir metas e gerar lucro. O cuidado com as pessoas, mesmo na sua saída, é fundamental.

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